domingo, 24 de janeiro de 2010

DUNAS

Nas tardes cinzas que passo

a  amar-te,

o torpor nublado me abate

e minhas almas mapeadas,

em pensamento ao horizonte,

buscam Estrelas apagadas...

 

-Que mais posso agora eu desta singela vida exigir

já que o céu em mim pude outra vez sentir?

Mas que a Felicidade sempre se quer mais

quando se ama alguém único que nos satisfaz.

 

-Que mais posso agora eu desta real vida querer,

 se as palavras que sempre esperei

ouvir em um dizer,

já as li mesmo que não sejam diretamente pronunciadas por ti?

 

- Que mais posso agora eu desta solitária vida sonhar,

se meu destino se faz  do sonho

que carrego comigo desde aquele maldito primeiro dia

em que pude vislumbrar teu amar?

 

- Que mais posso agora eu desta triste vida esperar,

se minh`Alma não vê

nem uma réstia de Luz

que possa amenizar meu olhar?

 

-Que mais posso agora eu desta amarga vida delirar,

se os caminhos que se mostram

trazem neles imensas dunas de areia

que esmorecem qualquer coração que queira

alguma delas enfrentar?

 

Olhos findos no caminho,

sozinho,

em metade,

melhor soluçar

que a cova me  abrace.

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