sábado, 30 de janeiro de 2010

AMAR...AMAR...E AMAR.

Pai,

ouvistes minha prece?

por que então não o tirais de mim?

Tanto a fazer!

Tanto a estudar!

O amado mesmo já ousou

a  avisar-me  de que irá

de mim se afastar!

 

Que resta-me agora a querer?

Resta-me confiar-Vos

a fazer-me arrefecer!

 

Passo os dias

a lembrar de esquecer...

Minha pena?!

 Aposentei-a já

na Esperança de sem ela

poder a imagem dele

de mim se ausentar.

 

Ah, que dilema!

Tanto amor ter de matar!

Mas, se não o fizer,

ele a mim

com certeza,

quando deixar-me, o fará.

 

Pai,

para que insistais

em permitir eu  assim amá-lo?

Se eu já sei a solidão

que me resta sem jamais encontrá-lo.

 

A Vós tento elevar ainda  uma vez

 um esquecer em prece;

mas, quando tua voz de Amor Infinito eu embalo,

compreendo meu Destino de dor

e obediente me calo.

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