sexta-feira, 11 de setembro de 2009

RETRATO

Amor, quero, nestes simples versos,

contigo dividir o que em meu ser,

inesperadamente,

esta tarde, encontrei.

 Encontrei em mim um quadro emoldurado por ti!

 

E, ali, parada ao contemplá-lo eu fiquei,

sem perceber que Estrelas de Lágrimas eu transpirei.

Lágrimas em sentir a imortalidade

no retrato da verdadeira Felicidade!

 

O que naquela moldura eu vi?

 

Amor... eu vi a ti e a mim!

Nós dois, juntinhos, no paraíso de nossa saudade.

Estávamos, à minha frente, nós dois...

rindo alegremente naquelas verdes pastagens.

 

Eu?

Deitada junto a Ti me encontrava.

E tu?

A ralhar carinhosamente comigo estavas.

 

Engraçado era que a foto

nada tinha de estática.

Via e ouvia como se fosse,

na verdade, uma janela da casualidade.

 

Mas foi em teus olhos de Céu

que a minha visão fixei.

Se bem que é verdade

que foi especialmente do teu riso

que eu me encantei!

 

Diante de tanta diversão, por que,

então, derramar-se de emoção?

 

Vacilei... quando, mesmo ainda inebriada de ti,

olhei para minha imagem e vi...

vi que teu sorriso e teu brilho

se dava, intensamente,

pela Vida que nasceria de mim!

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