sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

BRANCO EM NEGRO

Metade de mim é canção,

a outra metade é razão.

 

Metade de mim é solidões,

a outra metade é muitas paixões.

 

Metade de mim só chora,

a outra metade sempre vai embora.

 

Metade de mim quer muito abraçar,

a outra metade foge sem cessar.

 

Metade de mim ama o que faz,

a outra metade o prazer se desfaz.

 

Metade de mim é multidão,

a outra metade é inquietação.

 

Metade de mim é boemia,

a outra metade é família.

 

Metade de mim é juventude,

a outra metade é solicitude.

 

Metade de mim é luta,

a outra metade é labuta.

 

Metade de mim busca sonhar,

a outra metade quer do sonho acordar.

 

Metade de mim quer comigo ficar,

a outra metade quer de mim se afastar.

 

Metade de mim atira-se em si de olhos fechados,

a outra metade segura-se no segredo de versos calados.

 

Metade de mim ama-te infinitamente até o fim,

a outra metade espera ainda de ti um dia ouvir SIM.

 

Seja qual for a metade,

uma parte ou a outra parte

sem ti minh’Alma se reparte

pois que eu inteira te amo para sempre e de verdade!

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