Era uma vez um Poeta que não sabia calar.
Sua mãe muito brava,
sofrida pelas dores da vida,
estava sempre a exclamar:
- Poeta, cala-te! Essa tua voz que quer cada vez mais
delirar!
O Poeta sozinho
sonhava encontrar no quartinho
um Leitor a lhe esperar.
Nessa angústia de morte,
o Poeta com sorte
aos Ratos pôs-se a declamar!
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